CELEBRAÇÃO PENITENCIAL EM FAMÍLIA, EM NOSSA IGREJA DOMÉSTICA – PERIODO DE ISOLAMENTO SOCIAL3/4/2020 1º. Orientações gerais:
a) Datas sugeridas: 06, 07 ou 08 de abril, conforme a possibilidade de cada família ou de cada grupo de isolamento social; b) Prepare o material necessário com antecedência: uma vela, uma cruz ou a imagem de Jesus crucificado, bíblia ou o texto do evangelho que será lido (pode pegar na internet) e o que mais for necessário, conforme a criatividade de cada um; c) Escolha cânticos conhecidos. Se não for possível, seguir todo roteiro ou entoar cânticos, realizem a celebração da forma que for possível. 1.1. Preparação do ambiente: Colocar as cadeiras em forma de círculo; uma mesinha no centro com uma vela, uma cruz ou a imagem de Jesus Crucificado, a Bíblia, pano roxo e outros objetos que ajudem a tornar o ambiente orante e penitencial. 1.2. Distribuição das funções: COM - comentarista; LEITOR1 - aquele que conduzirá a celebração e os demais leitores. Escolher um cantor e outras atribuições conforme as necessidades. Objetivo: Aproveitar da experiência do isolamento social, neste Tempo da Quaresma, para realizar uma celebração penitencial familiar ou grupal, em vista da preparação para a Páscoa. 2º. R O T E I R O: Introdução: COM - Irmãos e irmãs, estamos iniciando a nossa Celebração Penitencial em família ou em grupo, preparando a Páscoa que, neste ano, acontecerá em nossas casas. Em nossa casa, normalmente, todos os dias, a nossa mãe ou uma outra pessoa faz limpeza e põe muitas coisas em ordem e, de vez em quando, faz uma limpeza geral: Lava o piso, as paredes, o teto, os vidros para tirar o pó que foi se acumulando. Os aparelhos, as máquinas, os eletrodomésticos também passam por manutenção para cumprirem sua finalidade. Assim também é a quaresma, é um tempo especial para purificar o nosso coração das impurezas que, apesar do nosso esforço de conversão, foram se acumulando o ano inteiro ou ao longo do tempo. Toda essa celebração penitencial nos ajudará a fazer um exame de consciência pessoal, uma avaliação da nossa convivência familiar ou amigável, a fazer uma revisão da nossa prática de fé e a descobrir sobre o que vai mudar na nossa vida, depois da experiência que estamos vivendo em consequência da pandemia do coronavírus. Iniciemos com o CANTO - “Eis o tempo de conversão” ou um outro que todos saibam. LEITOR 1 – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Talvez esta seja a primeira vez que nos reunimos com a finalidade de juntos pedirmos perdão a Deus, pedirmos perdão uns aos outros; de fazermos juntos um exame de consciência e uma avaliação pessoal e familiar ou em grupo. Portanto, vamos participar e vivenciar deste momento com muita disposição interior e o desejo de mudar de vida. COM – Agora, vamos realizar a 1ª dinâmica desta celebração: Em silêncio, vamos passar uma vela apagada de mão em mão. Todos ficam em silêncio, escutando com atenção as interrogações e interpelações que serão apresentadas pelo leitor nº 2. LEITOR 2 – Enquanto a vela vai passando de mão em mão lentamente, vamos refletir sobre os seguintes questionamentos: Uma vela apagada ilumina? Na nossa casa, já faltou luz alguma vez? O que acontece quando estamos no escuro? Normalmente, quem está no escuro não sabe onde está e nem sabe para onde ir. Quando é que nos sentimos como uma vela apagada? (Momento de silêncio) Conclusão: A vela apagada recorda a escuridão, a treva, o erro, o pecado que nos afasta de Deus, que nos afasta da luz, da verdade, do bem. LEITOR 3 – Terminada a 1ª dinâmica, vamos acender a vela. Canto: “Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser....” ou um outro que fale sobre luz. LEITOR 3 – (Terminado canto), Jesus falou: “Vós sois luz do mundo” (Mt. 5,14). Como ser luz, ficando mergulhados no pecado, distantes de Deus e em desarmonia com o próximo? Na Páscoa, o Círio Pascal recorda Jesus Ressuscitado, luz do mundo. E nós? Somos convidados a reacender nossa vida, na vida de Jesus. Como? (Momento de silêncio) No amor, na bondade, no serviço, na solidariedade, no domínio de si, no bom exemplo, na gratuidade, na partilha, na reconciliação ... Vamos cantar o Canto: “Um dia uma Criança me parou” ou um outro canto apropriado. COM – Vamos nos preparar para escutar o Santo Evangelho, cantando (escolher um canto de aclamação). Lc. 15,1-32 – Parábola do filho pródigo ou do Pai Bom. Após a leitura, momento de reflexão. Pistas para iniciar a conversa: Vamos identificar quais são os personagens da parábola e suas atitudes, identificar as lições oferecidas, os detalhes das atitudes do pai, que representa Deus e outros aprendizados. Consideração final: O que vai mudar na nossa vida depois da experiência que estamos vivendo nestes dias, devido a pandemia do coronavírus? Como iremos conduzir e encarar a vida? Suscitar outros questionamentos. LEITOR 1 – Neste momento, podemos aproveitar para pedir perdão uns aos outros (espontaneamente cada um expressa seus pedidos de perdão dirigidos a uma pessoa ou aos membros da família ou do grupo). Conclusão: Todos dizem: Eu, pecador me confesso a Deus Todo-Poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus nosso Senhor. COM - O perdão não depende nem de Deus, nem das pessoas, mas somente de cada um de nós. Sou perdoado na medida em que peço perdão e mudo de vida, minhas atitudes, meu comportamento. “Perdoai-nos assim como nós perdoamos”, vamos juntos rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria. Conclusão: COM - Encerramos a nossa celebração: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Escolher um canto final Recado: propomos um dia de jejum pela nossa conversão e santificação e pela contenção do coronavírus. Cada um procede conforme seu estado de saúde, abstendo-se de alguma ou algumas refeições do dia ou fazendo outra abstenção de uso, ingestão, vícios que exijam renúncia e sacrifício; Pe. Edson Menezes da Silva Reitor da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim – 30.03.2020 “O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar” (Papa Francisco).
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